terça-feira, 29 de julho de 2008

ai meu deus, eu tenho mais de 30.

hoje como não fui trabalhar, fiquei de casa resolvendo as pendências, acabei tendo tempo para entrar em alguns blogs e ver os papos. vi ótimos blogs, a maioria com assuntos femininos e em alguns a grande questão, a chegada dos 30 anos.
eu digo de cadeira, não sei se para todas funcionou como para mim, mas os 30 são fantásticos.
é nos 30 que aprendi a me conhecer, a entender meus desejos. é nos 30 que compreendi minhas carências e meus questionamentos. é nos 30 que definitivamente comecei a varrer algumas coisas para debaixo do tapete da vida. é nos 30 que entendi que nem tudo tem compreensão, nem tudo tem solução e nem tudo é como eu quero.
meu melhor aprendizado, nos 30, é que eu não controlo a vida, não controlo o tempo, simples assim, eu não controlo!
deixa a vida me levar, vida leva eu... deixa a vida me levar, vida leva eu....

anjinho sapeca

entender a vida realmente é impossível, mas gostaria que fosse mais fácil a administração das nossas histórias.
há momentos em que tudo caminha bem e de repente, como disse em outro conto, parece que um anjo passa correndo e descarrilha o trem que seguia calmamente por seu caminho. o que fez isso no trem da minha história é um anjo muito do sapeca, parece que ele fez melhor ainda, colocou todos os acontecimentos dentro de um saco, sacudiu tudo e depois em devolveu a história. só que agora ele quer que eu remonte a história. acontece que ele colocou saídas e sem entradas, notícias boas acontecendo em momentos que eu juro que ela não é boa...
um caos, é isso que o anjo fez.
tudo é a forma que você pede as coisas. mas como eu pedi? será que não prestei atenção no pedido? pode ser, nem lembro como eu pedi. pedi a venda, pedi o aluguel, pedi a compra do taxi, pedi o meu carro, pedi o meu filho. mas calma, não era como veio.
anjinho sapeca, se estiver por aqui me ouvindo, dá um jeito na situação, o bolso está furado, nada fica... e preciso reter. não adianta cobrir a cabeça para não ver e deixar o pé descoberto para sentir frio e me darem uma rasteira. anjinho sapeca. me ajuda a sair de dentro do saco.

Sábado, 27/07 às 8:30h em Ramos

Tenho que voltar no tempo, sim eu sei, não se vive de passado, mas não dá, até hoje não consegui parar para escrever o que aconteceu.
Enrique diz que perdi minha virgindade, por isso sofri tanto.
Pode ser, mas vamos aos acontecimentos.

Sábado pela manhã, acordei cedo, uma manhã mais que preguiçosa. Eu tinha todo o direito de ficar na cama, dias trabalhados, cabeça cansada de tanto pensar. A cabeça trabalha exatamente tudo o que o corpo não trabalha. Meu Deus, eu não paro de pensar um segundo... isso cansa, acaba comigo.
Mas enfim, resolvi que estava no dia de ter um cuidado a mais com o marido. Levantei cedo e fui com ele rumo à Ramos, subúrbio do Rio de Janeiro. Nosso objetivo era chegar lá o mais rápido que fosse possível, deixar o carro dele na oficina, entrar no meu correndo e seguir para Copacabana e sentar no bar de uns amigos e tomar um super café da manhã.

É, mas tinha algo no caminho, eu pressentia. Mas pressenti errado, achei que fossem nos assaltar. Que nada! O que aconteceu foi um tanto diferente. Estava atravessando uma via, com todo cuidado e atenção quando um táxi me pegou pelo lado e me levou até a outra pista. Seria grave se o transito estivesse agitado, mas ali não fica agitado,m muito menos 8:30h da manhã de um sábado. Que susto.

Desce do carro, vê o que aconteceu, o estado que todo mundo ficou. Ninguém se machucou, tudo certo. Vamos para a burocracia de resolver tudo. O motorista não tem seguro, o carro não é dele, ele paga diária. Está cansado, trabalhou a noite toda para ganhar uns poucos trocados e no fim, quando ia entregar o carro para o dono, perde o controle do carro que estava descendo o viaduto e não consegue frear a tempo de me encontrar...
Resumindo, f&%$*#$^%$%$...

Ok, ok eu posso dizer que não dei seta, que estava perdida e que não vi o táxi do meu lado quando entrei. Ok, eu assumo a culpa, mas vamos com calma, uma coisa de cada vez. Chama a policia, faz o "BRAT" e depois a gente liga para o seguro. Ah, mas o seguro não resolve isso durante o final de semana.. só segunda.
Mas quem disse que o motorista quer ficar com o carro parado no final de semana??? Sorry, não posso fazer nada. Pagar o seu carro, pagar o meu carro, minha franquia, e pagar a sua diária... impossível. Cada um assume um pedaço do problema, certo?
Mas haja paciência!

No final, saímos cada um para um lado e na minha cabeça vinha apenas o som da batida, vidro quebrando, choc de carros e a cara amargurada do taxista que precisa trabalhar e por algum motivo da vida teve a infeliz idéia de passar pelo mesmo lugar que eu. Não adianta, não tem como colocar 2 corpos no mesmo lugar ao mesmo tempo, a tentativa é sempre frustrada e dolorosa.

Acho que a maior dor é a da perda financeira. Ninguém está com dinheiro sobrando para gastar com batida de carro. E nem temos paciência e ânimo sobrando para todo o stress que circula junto.

É, perdi a virgindade, agora posso dizer que já bateram em mim. Já tive um acidente de carro!
Eita virgindade ruim de perder. Esta eu queria ter pro resto da minha vida, mas agora já era.

sábado, 26 de julho de 2008

por Mano Melo

Tudo o que grita é mudo
O eco do mundo tá surdo
Eu busquei ler nos teus olhos de medo
Mas o que hoje é doce amanhã vira azedo
Dúvidas dividem e não pagam dívidas
Nem nessa nem nas outras vidas
É tudo uma questão de arriscar
Uma questão de procura e crença
Quem espera nunca alcança
Esperar? Nem criança...

Eu queria poder confiar sempre.

Eu acredito na amizade, no amor, na vida.
Todos, menos o amor, me traíram até agora.
Seria bem mais simples se as palavras fossem verdadeiras.
E os sentimentos simples.
E os desejos comunitários.
E o individuo não fosse cruel.

"Acho que matei alguém e naquele instante morri um pouco também", é o que canta a Fernanda Takai no meu ouvido....

Pobre, feio, negro.. e daí?
É humano como eu.
Odeio preconceitos.
Odeio traições.
Odeio falsidades.
Odeio dissimulação.

Era um amigo querido que morreu quando me negou o olhar.
Ele chegou apenas para saber se fui mal, ele teve inveja, ele comparou.
Ele escolheu o caminho errado e esperou que eu fosse continuar ali, disposta a abraçar.

Não tem mais abraço.
Não tem mais carinho.
É dissimulado e preconceituoso como o homem que eu mais desejei que me amasse.

Desculpa amigo, mas não te quero mais ao meu lado.
Não quero mais confiar em você.
Não quero mais vibrar e sofrer com você.
Matei alguém, mas também morri um pouco...

Amar o Amor

Confessar o amor.
Encontrar o amor.
Acreditar no amor.
Questionar o amor.
Confiar cegamente no amor.
Acima de tudo, amar muito!

Descarrilhou

O trem descarrilhou.
Foi um anjo que veio correndo e bateu.
O trem saiu do trilho.
E a alegria se perdeu.
Ela volta, mas ainda não descobriu o caminho de retorno.
Enquanto isso o desequilibrio se instalou.
Descabelou a vida.
Enlouqueceu o cotidiano.
E a amiga intima passou desabercebida.
Não percebendo que a tristeza estava ali, instalada.
E a menina, grita por socorro.
O trem caiu no colo dela.
O pé ficou preso, e ela chora desolada.
O anjo precisa encontrar o caminho.
E instalar a vida que se perdeu.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Juritis - by Dunley

“Quem resiste ao sorriso de uma criança, a uma gargalhada gostosa de uma voz aguda, quase estridente? Dentes falhos, cara redonda, cabelos rebeldes e despenteados, olhar curioso e jeito maroto. Crianças são a alegria dos pais, o sonho dos avós e o desejo dos tios.
Sou um quase tio de um quase filho de uma quase irmã. Ainda não conheço este serzinho mais já possuo por ele um grande carinho, afeto, cuidado. Jogarei videogame, levarei para subir montanha, ver o fluzão jogar no maraca. Banho de cachoeira, praia, suco de fruta e muita bala juquinha. Tenho certeza que irá adorar minha sonoplastia, minha imitação do scooby-doo, de velhinha, de criança, de esquilo, de caipira, de preto velho... Hahaha!
Vou contar histórias pra gente rir e filosofar juntos.
Juriti, assim o chamo.
Venha logo, chegue logo, ilumine logo a casa da minha irmãzinha Rose e meu irmãozão Enrique. Você já é muito querido por todos nós.
Será muito feliz!
Sua família já é abençoada, antes mesmo de você chegar.”.

sábado, 12 de julho de 2008

Da chegada do amor - Elisa Lucinda (o mais belo de todos)

"Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis um amor
que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor
cujo bom dia morasse
na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia
da cama me levantasse.
Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
Sempre quis um amor
que me coubesse futuro e
me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida me ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido"amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes de chegar a esse céu
se anunciasse.
Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse."
extraído do livro eu te amo e suas estréias

Aviso - Elisa Lucinda

"Se prepare
talvez você seja
um deflagrador descambado
de muitos poemas de amor.

Se prepare
não se assuste
não me apague
talvez você se depare
com seu medo
bem no meio de sua coragem."
extraído do livro eu te amo e suas estréias

Espelho seu - Elisa Lucinda

"Quero ser minha para poder ser sua
Quero nunca mais partir
Pra longe de mim.
Vem, Alivia, Adianta, Adivinha
Quero ser sua pra poder ser minha..."
extraído do livro eu te amo e suas estréias

Um amor que confunde

Ele veio e invadiu a minha vida.
Fez um rebuliço danado,
revirou de cabeça para baixo.
Prometeu, descumpriu.
Mas ficou, dali não saiu.
Disse que não arredaria pé.
Quisesse ou não, ele ficaria.
Porque o amor é fundo,
e não tem explicação.

Mas falta...
Falta o que ele não sabe dar.
Falta o que ele não pode dar.
Falta o que ele não aprendeu a dar.
Falta o que ele não sabe que tem para dar.
Mas, ah o amor,
Como ele confunde.
Onde termina ele, onde começo eu?
Onde termina eu, onde começa ele?
Tudo se mistura.
E nesse embrulho vamos vivendo,
um amor que confunde.

Mas e a falta?
O que eu faço com ela?
Afogo na dor do amor que é grande.
Afogo na corrida do dia.
Apago junto com as palavras não contidas.
Jogo no lixo da vida.
E vivo o que veio da vida.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Cheiro e sabor da Vida!

Hoje recebi um destes e-mails com arquivo ".ppt" anexado.

Sim, exatamente o tipo de arquivo que não abro. Sempre que vejo um mail com estes arquivos, deleto. Nem penso, deleto. Até posso ter deixando de ver alguns arquivos interessantes, mas acredito que a grande maioria, 90 em 100, sejam as chatices mau montadas que travam os computadores, com fotos, musicas e letras que pulam para depois de 300 toques, formam um micro texto sem sentido mas acreditando que é 'sentimentaloide'.

Nossa, como sou cruel!!!
Espero não ter ofendido ninguém, me desculpem, mas preciso ser honesta, não tenho paciência com estes arquivos. Se eles fossem direto ao assunto, eu abriria, mas é muita firula para nada dizer.

Hoje eu abri o arquivo!

É uma apresentação falando do futuro da humanidade e a civilização solar. A principio, me vêm a mente grupos e seitas como a maçonaria, cheios de mistério e cerimônias ocultas.

Me chamou a atenção alguns pontos:

1. o texto diz q, temos q aprender a distinguir a qualidade de todo conhecimento adquirido. A tendência é cada vez mais sermos bombardeados de informações e q precisamos detectar as boas informações. Será que este texto deve passar na analise de qualidade do conhecimento?
2. diz ainda que precisamos aprender a agradecer pelo alimento diário. Acho isso importantíssimo! Eu mesma me esqueço de fazer, mas consumindo o mundo irresponsavelmente como fazemos, o mínimo é agradecer.
3. e pedir, não bens materiais e futilidades, mas pedir discernimento e pureza para entender o conhecimento da vida e da humanidade que nos é dado. É, só o ser Supremo para nos ajudar no meio de tanta informação, é um bombardeio que muitas vezes não sabemos o que fazer, ficamos feito cegos no meio de um tiroteio.
4. fala também que devemos nos conhecer.

Foi nesse ponto que parei e fiquei pensando.

Eu me conheço? Acho que sim.
Será que me conheço mesmo?
Sei prever minhas ações para algumas situações?

Por mais que eu leia, estude, busque e faça terapia, eu acho que me conheço. E, quero acreditar que o mesmo aconteça com todas as pessoas que estão por aqui.
Porém, hoje a quantidade de informações que recebemos diariamente é tão grande que não conseguimos chegar em casa e ficar em silêncio. Vivemos ansiosos querendo saber o que vai acontecer no futuro, nos preocupamos e gastamos energia querendo saber até o que vai acontecer no próximo capitulo da novela. Estamos querendo girar o mundo numa rotação muito maior do que a Galáxia permite.

Queremos inventar um tempo exclusivo nosso...

Mas não somos Deuses. Não mandamos nem em nossas próprias vidas, afinal não podemos determinar quando morreremos e quando tornaremos a nascer.

Acredito que a grande alegria da vida é o aprendizado, é nos entregar e esperar o próximo dia. Que graça tem controlar um jogo? A surpresa é o que faz a diferença.
Hoje o meu grande barato é pensar que sou a marionete de um "Autor Divino" e que sou a principal expectadora da novela da minha vida. Com calma, vivo cada dia e descubro o que está escrito no próximo capítulo, vou curtindo e vivendo cada minuto que me é dado.

Falando parece fácil, ainda estou aprendendo, juro que estou tentando alcançar esta tranqüilidade e liberdade. Tenho certeza que assim a vida vai ser mais divertida e tranqüila. Tudo isso é aprendizado, e cada um tem seu nível de conhecimento e aprendizado na vida. Há os que estão muito à minha frente, e outros que não conseguem soltar as amarras.

A minha grande questão hoje é; daqui, desta vida, não levo nada. Então tenho que viver e aproveitar cada dia. Eu quero sentir o cheiro e o sabor de cada minuto da minha vida! Um dia quem sabe eu possa dizer que me conheço, mas hoje é precipitado, só faço uma idéia... uma vaga idéia. Este projeto ainda está em construção, não sei o resultado final.

Juritis


Juriti é uma ave de canto melancólico, por algum motivo meu querido Dunley diz que meus filhos sãos os Juritis.

Para quem não sabe, meus filhos, os Juritis, estão a caminho. Não seguindo o caminho natural da vida, mas pela adoção. Estou aguardando um simples papel para iniciar o processo de busca. Não sou eu quem vou achar as crianças, elas vão me achar. Não sei nome, sexo e idade. Imagino que seja uma criança deliciosa de 4 a 6 anos e depois um bebê. Mas tudo pode mudar, elas vão me achar.

Crianças e pais não são objetos de escolha, como uma roupa. São seres especiais, e que merecem um olhar especial. Como o meu olhar já está distorcido pela vida e experiências, quero me abster da escolha, permitindo que as crianças cheguem a mim.

É em homenagem a esta família que está sendo formada que posto esta fotita linda. Peguei no blog da Issa, uma linda espanholita que faz estas ilustrações maravilhosas!

Eu olho para esta ilustra e bem imagino o Enrique olhando as travessuras que vou aprontar com as crianças...hahahaha, vai ser muito divertido.

Issa, obrigada pelas ilustras!
Para quem quiser acessar o blog da Issa basta ir no endereço que tem na ilustra.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Em pouco tempo!

Não se assustem, o texto abaixo não é o fim do meu casamento.
São outros questionamentos.
Ainda não tenho novidades, mas em breve vou escrever que a roda girou e que não estou mais por baixo me sentindo soterrada. É questão de tempo!!!

HOJE

definitivamente acabou
a alma sofre
a lágrima cai
não há mais razão
não há mais tesão

socorro
uma voz fina grita
mas ninguém escuta
apagada, sofrida, esquecida
a alma fica num canto
esperando que a luz torne a brilhar
mas a esperança foge
e se esconde no escuro da alma

machuca, doi
lembrar que as promessas eram boas
e que agora tudo acabou
não há luz
não há esperança
doi, machuca
a lágrima rola
molha a mesa
que nem tem mais papel
uma mesa limpa
que um dia esteve repleta de conquistas
tudo virou passado
não há luz
só dor
e lágrimas

terça-feira, 8 de julho de 2008

Frase perfeita da Janet, querida!


Estava conversando com a "Janet" sobre pessoas distraídas. Em como seria mais leve nossas vidas se fossemos distraídas, relaxadas.... Foi quando ela soltou uma verdadeira pérola, veja.

"Não vou aposentar, mas tem hora que penso em encostar, o juízo e a consciência.
Depois dos 40, essas coisas não são mais necessárias. Mas não tem jeito, quando menos percebo, já fui lá e peguei de volta. Juízo e consciência andam do meu lado."

Para quem conhece a Janete e sabe da sua fama de brava, para quem já viu as caras e bocas que ela faz quando não gosta de alguma coisa... rs, esse vai levar um susto. Eu, acho perfeita a frase dela, assim somos nós. Por mais que tentemos relaxar, chega o momento que vamos lá no cantinho e buscamos a consciência e o juízo. Ah, juízo, me deixe, quero aloprar... rs

Bom, ao menos por alguns momentos conseguimos, a foto acima é um flagra do relax matinal na ACBD, sem juízo e consciência . Janet, amiga querida, eu sei que você entende bem o que eu falo.

Tem dia que é foda - retirado do blog da Bia e Sophia

E nada a ver com a foda de que fala o texto* delicioso do Domingos de Oliveira, do filme Separações, enviado como contribuição do nosso amigo André Dias para ajudar a pensar sobre o último post .

Quem dera.
Tem dia em que os urubus cagam mesmo na nossa cabeça. [Embora isso pareça apenas uma força de expressão, quem nunca levou uma cagada de urubu não sabe a merda que ela significa.]

Sabe aqueles dias em que você pula da cama, depois de desligar pela sétima vez o alarme da soneca do celular – uma musiquinha chatinha, estridente, que vai subindo de tom até a filha adolescente acordar às 6 da madrugada pra ir pra escola – ao lembrar que tem médico dali a meia hora? Você cogita umas três vezes a possibilidade de não ir. Mas já faz uns 3 ou 4 meses que você faz isso, e daqui a pouco o exame que você levou uns outros 3 meses pra fazer vai caducar.

Toma banho correndo, bota a primeira roupa que vê na frente, pensa rapidamente se precisa de uma calcinha mais arrumadinha (não, hoje não vai dar, vai com qualquer uma) e enfia tudo na mochila – você ainda tem esperança de malhar na hora do almoço.

Se bem que tem a escova, que você pre-ci-sa-va fazer na hora do almoço para o congresso do dia seguinte... Ah, você pode malhar na hora do almoço e fazer a escova no fim do dia. Depois você decide.

Sai correndo (pensando bem, pra que malhar?), tropeçando pela rua. Você já está 10 minutos atrasada quando chega esbaforida no consultório do médico... Mas o que são 10 minutos de atraso diante dos outros 20 minutos que você fica mofando à espera do médico, que, obviamente, está atrasado. Podia ter dormido mais 5 minutos...

Sai do médico, voa pro trabalho. Aquele job que deixou você praticamente louca no dia anterior, até deixar tudo mais ou menos resolvido, ainda te espera com mudanças. Tudo bem, vamos lá.

Uma olhadinha rápida no Outlook. É, 42 e-mails na caixa de entrada não é tanta coisa assim. Daqui a pouco você começa a responder, ou pelo menos colocar bandeirinhas de urgência nos assuntos que você não tem a menor idéia de quando vai poder resolver.

Merda. Meio-dia e meia. Você não ligou pro seu filho, que a essa hora já saiu pra escola. É, não vai dar pra malhar. Quem sabe a escova?

- Dá um pulo aqui na sala de reunião.

A escova vai ter que ficar pra de noite. E a ginástica? Merda. Mais uma semana sem malhar. Amanhã não vai dar. Ontem não deu. Semana passada idem. Mas semana que vem você volta e corre atrás do tempo e do dinheiro perdido.

Você sai da reunião e lembra que ainda tem que comer. Avista mais 17 e-mails ao passar na sua mesa. Mas foda-se. Você precisa comer.

(Apertar o foda-se. Taí uma atitude libertária, de quem tem coragem de assumir as rédeas da própria vida. Experimente. Aperte aqui.

Claro que você engole a comida, quase não escova os dentes, lembra de ligar pra casa, ver se a filha comeu, se o cachorro não vomitou a planta que ele comeu, se o dinheiro deu pra comprar alguma coisa até o mês acabar...

Reunião de novo. Você ainda nem começou aquele texto que estão te cobrando desde anteontem, antes de você ter que tentar resolver aquele pepino de última hora que mudou todo o projeto que você vinha desenhando há alguns meses... Mas tudo bem, faz parte.

Você ainda tem uma hora... Antes da próxima reunião.

Mais e-mails, mais telefonemas, mais coisa pra assinar... 6 da tarde. E você ainda nem ticou a 2ª tarefa do dia.

Tem tempo. Enquanto a galera vai se despedindo, você põe o pé no pedal e começa: 3ª, 4ª, 5ª, 6ª... Cacete, a escova!

Foda-se. Tem horas em que você precisa cuidar de você. Faz a meleca da escova, reza pra não chover no caminho, volta pro trabalho. Ufa. Dez horas. Não deu pra fazer tudo, mas foda-se. Você precisa ir pra casa, tomar um banho quente, relaxar...

O celular mostra uma chamada de casa. A cobrar. Bem, você já está a caminho, dá pra esperar. A última conta veio astronômica.

Toca de novo. Não, você tá chegando, não precisa atender. Não há de ser nada.

- Vem ver, mãe.
- Posso chegar?
- Vem ver.
- Peraí, tô chegando. Trabalhei o dia inteiro.-
A empregada também, e olha só o que o seu amado filho fez...
- O seu irmão?
- Quem mais? A casa tá toda preta!

Ai, o gouache! Por que é que você não guardou aquela caixa de tintas que o seu anjinho descobriu outro dia dentro do armário, e que você, num delírio de mãe cega, não desconfiou de que um dia ele iria querer mexer?

Você pega o pano de chão e ajuda a empregada – uma coisa que você aprendeu com a vida é que uma boa empregada tem ser bajulada, principalmente às dez da noite – a limpar as portas, paredes, cadeiras, almofadas, tudo cagado de tinta preta. Bem, pelo menos sai com água.

Você dá banho na criatura, faz todo um discurso de que aquilo não pode se repetir nunca mais ou você vai lhe dar um castigo, enquanto a outra criatura – que ontem mesmo tinha cagado todo o banheiro de tinta vermelha para o cabelo – exige, aos berros, que você puna o mimado do seu filho.

O telefone toca e é a amiga dela avisando que amanhã vai passar a banda que elas veneram e idolatram na TV... Na hora da aula particular de matemática. Você diz que ela não vai desmarcar a aula coisíssima nenhuma, que afinal ela está de recuperação em 6 matérias, e provavelmente vai repetir a escola que você a duras penas banca sozinha... E é claro que ela recomeça a berrar dizendo que você não incentiva sua evolução nos estudos, que um 6 é muito pra quem só estava tirando 2 (é, não deixa de ser verdade), e que ninguém nessa casa a ajuda e...

Pow – porta na cara.

Bem, pelo menos todo mundo foi dormir cedo.

11 horas. Ainda dá tempo de você ver se tem alguma roupa que sirva pro evento de amanhã, ver a agenda do menino, se tem biscoito pro lanche, se o cachorro tem comida, se você ainda não estourou o limite do cheque especial, se tem algum recado no orkut, se tem post novo no blog... Nem que seja o desabafo de um dia foda pra caraleo.

* Vamos Foder o Dia Inteiro?
(Domingos de Oliveira)
Vamos ter um filho?
Vamos escolher o nome dele?
Deixa eu te alegrar quando você estiver triste.
Te ninar quando você estiver cansada.
Vamos foder o dia inteiro?

Deixa eu te fazer uma massagem com creme?
Vamos aprender a tocar piano juntos?
Vamos foder o dia inteiro?

Deixa eu ajoelhar e beijar tua mão.
Vamos ser tão felizes que fiquemos calmos.
Tão calmos que fiquemos fortes.
Tão fortes que possamos ajudar a todos os amigos que precisarem.
Vamos foder o dia inteiro.

Vamos aceitar tudo que o outro é.
Defender tudo que o outro é.
Amar tudo que o outro é.
Vamos foder o dia inteiro.
do Excelente Blog da Bia e Sophia - http://desbancandobalzac.blogspot.com

segunda-feira, 7 de julho de 2008

E por falar em finais felizes.

Para falar de finais felizes, tenho que falar de amor? Sim, o ser humano é movido a amor, eu amo intensamente. Mas o amor e o final feliz, que escolhi para falar não é somente o de homem e mulher, mas de vida. A vida não se resume a isso, homem e mulher, a vida é uma eterna conquista que nasce em sentimentos guardados e não reconhecidos, uma descoberta diária do que foi feito de nossos sonhos e vivências. Não gosto de me lembrar da minha infância, ela foi o momento adulto e irracional da minha vida, hoje vivo a adolescência dos sentimentos puros e rebelados, a descoberta do mundo que nasce a cada dia. Por tudo isso, eu digo: “meu final é feliz e não só pelo meu amor do Enrique”.

Ok, ok. Já entendi tudo o que se passou pela sua cabeça, não precisa me olhar assim, sei que não cheguei ao final da vida, mas se pensarmos que a cada momento temos um momento diferente, posso dizer que o meu momento anterior teve um final. Sendo assim repito: “meu final é feliz, não só pelo amor que sinto pelo Enrique, mas pelo amor que hoje eu começo a sentir por mim. Eu sou a pessoa mais importante da minha vida e sempre me deixei de lado”.

Não consegui transformar este final em pura felicidade, ela não existe. Mas a essência deste final é feliz, e caminha para uma velhice plena de felicidade.

Ah, mas tem momentos que as pessoas realmente me tiram do prumo. Basta insinuar que para ser feliz preciso gritar, correr e cantar aos quatro cantos a minha alegria. Não vou fazer isso, não sou feita de vibrações pululantes. Sou contida com momentos de lucidez plena que me tornam ativa além do meu normal, mas não são estes os momentos mais lindos e felizes da minha vida. Me dê uma bela poltrona, flores, chocolate quente, numa linda tarde de inverno, Enrique deitado na rede, enrolado na manta que eu mesma fiz para ele. As crianças correndo no jardim abaixo da varanda, gritando felizes e cantando uma cantiga de roda. Meu coração se derrete e digo a Deus:

- Obrigada!

Meu final é diariamente feliz, pois hoje entendo, amo e perdoo aquela menina indefesa que não conseguia se expressar e mostrar sua força e, por isso, seguia o caminho que não era o seu. Hoje o caminho é o correto e no silêncio do meu mundo, no grito da escrita não contida, digo para todos que o meu fim é absurdamente feliz!

Crônica de um amor

Ele veio sorrateiro, passava e olhava. Percebia o comprimento da saia, o cheiro do perfume. Fazia que estava amarrando o tênis para olhar e estar perto. Tímido, não falava que amava aquela mulher. E ela, sem perceber, corria para um lado, para outro, sempre com suas amigas e, quando apareciam crianças, largava todos para ficar sentada no chão brincando, também tímida, não se mostrava para os homens, achava que não estava a altura de nenhum deles, que todos não queriam uma menina, que era como se sentia.

Com o tempo, as pessoas perceberam que ele ficava tenso, transpirava, gaguejava quando ela chegava perto. Passaram a incentivar que o rapaz fosse falar com ela mas a timidez era tanta que ele não conseguia. Sempre que chegava perto, perdia a voz. Passava noites e dias pensando nela e em como se aproximar, conquistar aquela que era sua Deusa, sua Rainha. Não conseguia esquecer o cheiro do seu perfume e sonhava em tê-la ao seu lado, andando de mãos dadas pela vida. Faltava forças para vencer a timidez, se ocupava tanto pensando que não percebeu que a vida seguia, outro apareceu e se encantou pela sutil beleza da mulher que ele tanto amava.

Muito galanteador o jovem se aproximou da menina e a conquistou. A relação durou anos e ela se transformou numa bela e forte mulher.

O rapaz tímido, continuou a amá-la, não tinha olhos para nenhuma outra. Ficou ali, o tempo todo, observando e acreditando que um dia ela seria sua. Eles viveriam juntos.

A vida continuou, eles em seus caminhos; se cruzavam rapidamente e apenas trocavam cumprimentos. Com o tempo, o marido envelheceu, adoeceu e morreu. Viúva, ela sentia que ele tinha cumprido seu dever, mas e ela? Faltava alguma coisa, sabia que ainda tinha que viver um grande amor. Mas como? Ela já tinha 70 anos e não iria procurar nenhum amor naquela altura da vida.

Sabendo da morte do rival de tantos anos, o homem tímido, resolveu que era o momento, não podia mais deixar de lado todo o amor que sentia por aquela mulher, não podia perder mais um minuto de seus 78 anos, tinha que conversar com ela. E foi. Nervoso, gaguejando, falou.

- Mulher amada, desde que nos conhecemos sinto o seu perfume, te vejo e te admiro. Te amo e te desejo, nunca consegui viver um dia sem pensar em você, sem desejar que você fosse muito feliz. Não conseguia vencer a timidez, mas agora, com 78 anos, meu peito arde e não posso mais esconder o quanto te amo. Vivi minha vida sem querer e acreditar em outro relacionamento, vivi desejando poder te abraçar e andar de mãos dadas pelas ruas, dar te flores e acordar com o seu sorriso. Sei que não somos mais os jovens de antigamente, mas quero, nem que por um dia, viver ao seu lado e segurar suas mãos.

Neste momento, a mulher pôs as mãos em seus lábios, segurou suas mãos, as beijou e disse.

- Eu sempre quis que este dia chegasse, acreditei que você não tinha interesse em mim. Desejava, mas não fui forte para te esperar, nem para te procurar. Vivi todos estes anos, desejando que meu marido fosse você. Não importa se teremos 15 minutos, 1 semana, meses ou anos. O que me importa é poder dizer: vivi o resto da minha vida ao lado do meu grande amor.

É mais uma história de final feliz, eu tinha que escrever, eu acredito em finais felizes.

domingo, 6 de julho de 2008

E a perfeição?

Sempre batalhei buscando a perfeição de sentimentos, ações, desejos, amigos, trabalho e vida. Um belo dia descobri que ela não existe e parei para pensar.
- O que me fez desejar o inexistente?
Foi ai que percebi como nós adultos somos influenciadores de personalidade das crianças.

A criança é um ser por natureza é mau. Já percebeu as crianças debochando dos mais fracos, dos mais gordinhos e de todos os outros que fogem aos seus padrões familiares? Os nossos conceitos e rótulos são definidos desde que somos pequenos e começamos a viver na sociedade. Se nossos familiares seguem padrões definidos pela mídia, certamente as crianças vão pelo mesmo caminho. É nesse momento que formamos os adultos e suas complicações.

Nasci na família determinada para continuar o meu crescimento espiritual, mas só fui compreender isso agora recentemente. Até então questionava sempre; - Por que eu?
Sempre sem resposta ia vivendo minha vida. Até o dia que decidi, já que não posso ter um filho por vias normais, vou adotar um. Foi neste momento que passei a prestar atenção nas famílias e no que elas interferem.

Pois é, espero ter aprendido bem com a vida e não repetir com meu filho (a) o que fizeram comigo de errado. Perfeição não existe, eu estou aprendendo, mas quero não trazer muitos questionamentos, complexos e conceitos para a cabecinha do pequeno ser que fará parte das nossas vidas em breve.

Esta semana vi uma revista nas bancas e a matéria de capa é a união perfeita para acompanhar este assunto. A revista é a Vida Simples, da editora Abril, edição 68, julho 2008. A matéria é "Ninguém é perfeito", e dentro começa com a seguinte frase; "Você não é perfeito". Acho que ela foi escrita para mim.

O texto inicia fazendo referência aos padrões vigentes e à competição a que nos submetemos frequentemente. Que nos leva diretamente à comparação. Todos verbos que não deveriam ser conjugados com a frequência que fazemos. Competir para quê? Competir com o quê? E por que comparar? Não tenho um olho, um dedo igual ao outro, como posso ser comparada com o vizinho? Cada um com seu Ser poético. Ninguém é melhor ou pior porque tem algo diferente do outro. Temos que aprender a olhar a vida com mais naturalidade, dar tempo para cada acontecimento, dar amor independente do que recebemos.

É, mas a vida profissional vai de frente a todos os meus conceitos, socorro eu preciso de emprego, não quero parar agora, ainda está muito cedo. Mente parada é o paraíso dos pensamentos indevidos. Pensamentos idiotas.

Deve haver um meio termo entre tudo isso, eu ainda não encontrei ele, estou fazendo tudo o que posso, mas acho que ainda estou atolada na vida e nestes conceitos que tento largar. Quero sair, respirar, encontrar ar vivo, mas ainda tenho que quebrar barreiras, preconceitos e falta de amor.
Você já descobriu como fazer isso tudo de forma mais simples?
Adeus perfeição, definitivamente estou longe de ser uma santa.

sábado, 5 de julho de 2008

Glau, querida, hoje não rolou.

Não gosto de "revival" (é assim que se escreve?), o que ficou para trás ao passado pertence, músicas antigas me incomodam. Fotos? Para quê? Só algumas penduradas, as outras guardadas. O que foi bom, guardei na memória, essa ninguém me tira. O que foi ruim, deletei, faço questão de me manter afastada de tudo o que não me traz boas recordações.
Conheço pessoas que vivem escutando músicas de décadas passadas, eu não consigo. Tenho a sensação de que estas pessoas não evoluíram, ficaram lá atrás e se recusam a assumir os novos fatos, é como se levassem a vida atual com uma amargura invisível por terem tomado algum caminho indevido. Eu, ao contrário, tomei todos os caminhos devidos, a vida me protege e saí do casulo que tornava a minha vida uma repetição de padrões indesejados. É lógico que hoje, outros padrões existem, o que me importa é que aqueles padrões aparentemente sumiram, deixaram de existir. Pode ser que eu esteja me enganando ou pode ser que eles tenham tomado novo formato... haja terapia para entender.

É, hoje eu ia para um destes programas onde o passado vem à tona.
Eu tentei, programei, me arrumei e não aconteceu.
Fui ao salão, queria estar linda, esperei a semana toda por este encontro, o ritual de preparação foi tão grande que parecia que estava indo a um casamento, e no final não fui. Tudo deu errado, trabalhei num dia que não era previsto e o marido teve mil chamados de emergência, na hora de sair, cadê ele? A noite bombou com mais trabalho. Parecia que a vida dizia para não ir a esta festa.

Será que o desejo de me manter longe de fases do passado, fez que de forma inconsciente, tudo de errado acontecesse?

Algumas fases do passado podem ser complicadas e, definitivamente, não gosto me lembrar da década de 80. Reviver ela é um tanto pior, as lembranças dei um jeito de colocar numa caixa e trancar na mais alta prateleira de um armário pra lá de escondido, mas a lembrança musical é fatal, sempre que escuto uma música que me recorda este tempo, viajo direto para dentro da caixa de lembranças. Músicas são marcantes e elas tornam as fases de nossas vidas mais definidas do que imaginamos, as pessoas e os fatos são apagados, mas incrivelmente a memória musical fica, e com ela fica o sentimento e o gosto desagradável da lembrança.

Esta década não me trás boas lembranças e, estar envolvida com ela não é um programa dos mais agradáveis, mesmo assim queria muito ir. Queria conhecer a famosa festa Ploc, queria estar ao lado de uma pessoa muito querida que conheci exatamente nesta década, mas não rolou, não consegui ir.

Glau, espero que você não fique chateada como ficou quando não tive condução para ir ao seu casamento. Na minha cabeça este encontro representava o elo perdido da minha falta passada, mas novamente a vida não me permitiu estar em algum lugar.
Te adoro, você é das pessoas mais importantes da minha vida, este presente em momentos significativos que me fizeram ser como sou. E, em todos eles, você esteve ali com um largo sorriso, as mãos frias e um quente abraço.
Espero poder retribuir tudo o que você sempre fez por mim.
Um grande beijo em seu coração.

Inacreditável!!!!

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, eu digitei um texto enorme, lindo, inspirado e tudo sumiu????
Não acredito.. me dediquei tanto....
Acho que vou comer uns morangos... assim afogo a tristeza do texto que se perdeu.
Essa internet e suas instabilidades ainda me mata!
bye.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Frase by Emmet Fox



"Essa é a verdadeira chave para a vida: se modificares a tua mentalidade, tuas condições se modificarão também - teu corpo irá modificar-se; tuas atividades rotineiras irão modificar-se; teu lar irá modificar-se; toda a tônica da sua vida irá modificar-se - pois o estares feliz e contente ou deprimido e infeliz, depende inteiramente do tipo de alimento mental que te nutres."