domingo, 20 de dezembro de 2009

este ano aqui em casa, falamos algumas vezes sobre a morte.
temos uma pessoa da família que está doente e consequentemente acabamos pensando e falando sobre a partida desta pessoa. não que desejemos a morte dela, não queremos abreviar nenhuma vida. mas quando conversávamos de alguma forma sentíamos que havia uma preservação de espírito, do nosso espírito. intimamente estávamos nos preparando para o caminho natural de toda vida humana.

a pessoa ainda não morreu, está entre nós, mas sua ausência emocional é tão grande que em alguns momentos é como se já tivesse partido. o que dói não é a ausência emocional nem as limitações físicas. a dor da situação provêm dos sentimentos e mágoas dos parentes que prendem e exigem que a pessoa seja o que não tem condições e nem quer continuar sendo. a prisão espiritual e física é o que faz todos ao redor sofrerem. prefiro pensar que quando cumprimos nossa missão na terra, chega o momento de ir para outro mundo. se o momento chegou que vá e que seja o mais bela e delicada esta partida.
sim, este assunto causa muita discussão.

o fato é; coincidentemente ontem peguei 02 filmes na locadora, sem saber o enredo, para minha surpresa ambos retratam a morte e seus sentimentos. filmes lindos!!!!

a partida
- dirigido por Yojiro Takita
símbolos, respeito e tradição. um filme de uma sutileza ímpar que mostra o respeito da tradição oriental para com os mortos e dá sentido a vida. eu resumiria o filme com a seguinte frase: o ato simples de viver.


uma prova de amor - dirigido por Nick Cassavetes - o mesmo de "diário de uma paixão"
esse filme nos põe para pensar. o que você faria para salvar alguém da sua família? o que é uma família? o filme mostra os conflitos humanos, a nossa "mania" de controle, o nosso olhar individual e egoísta sobre a vida. diferente do anterior não há as sutilezas e delicadeza dos sentimentos orientais, aqui são os sentimentos que estamos extravazados por um e retido por outros, tal como são as nossas relações. vale ver e vale pensar sobre nossas atitudes.

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