domingo, 6 de julho de 2008

E a perfeição?

Sempre batalhei buscando a perfeição de sentimentos, ações, desejos, amigos, trabalho e vida. Um belo dia descobri que ela não existe e parei para pensar.
- O que me fez desejar o inexistente?
Foi ai que percebi como nós adultos somos influenciadores de personalidade das crianças.

A criança é um ser por natureza é mau. Já percebeu as crianças debochando dos mais fracos, dos mais gordinhos e de todos os outros que fogem aos seus padrões familiares? Os nossos conceitos e rótulos são definidos desde que somos pequenos e começamos a viver na sociedade. Se nossos familiares seguem padrões definidos pela mídia, certamente as crianças vão pelo mesmo caminho. É nesse momento que formamos os adultos e suas complicações.

Nasci na família determinada para continuar o meu crescimento espiritual, mas só fui compreender isso agora recentemente. Até então questionava sempre; - Por que eu?
Sempre sem resposta ia vivendo minha vida. Até o dia que decidi, já que não posso ter um filho por vias normais, vou adotar um. Foi neste momento que passei a prestar atenção nas famílias e no que elas interferem.

Pois é, espero ter aprendido bem com a vida e não repetir com meu filho (a) o que fizeram comigo de errado. Perfeição não existe, eu estou aprendendo, mas quero não trazer muitos questionamentos, complexos e conceitos para a cabecinha do pequeno ser que fará parte das nossas vidas em breve.

Esta semana vi uma revista nas bancas e a matéria de capa é a união perfeita para acompanhar este assunto. A revista é a Vida Simples, da editora Abril, edição 68, julho 2008. A matéria é "Ninguém é perfeito", e dentro começa com a seguinte frase; "Você não é perfeito". Acho que ela foi escrita para mim.

O texto inicia fazendo referência aos padrões vigentes e à competição a que nos submetemos frequentemente. Que nos leva diretamente à comparação. Todos verbos que não deveriam ser conjugados com a frequência que fazemos. Competir para quê? Competir com o quê? E por que comparar? Não tenho um olho, um dedo igual ao outro, como posso ser comparada com o vizinho? Cada um com seu Ser poético. Ninguém é melhor ou pior porque tem algo diferente do outro. Temos que aprender a olhar a vida com mais naturalidade, dar tempo para cada acontecimento, dar amor independente do que recebemos.

É, mas a vida profissional vai de frente a todos os meus conceitos, socorro eu preciso de emprego, não quero parar agora, ainda está muito cedo. Mente parada é o paraíso dos pensamentos indevidos. Pensamentos idiotas.

Deve haver um meio termo entre tudo isso, eu ainda não encontrei ele, estou fazendo tudo o que posso, mas acho que ainda estou atolada na vida e nestes conceitos que tento largar. Quero sair, respirar, encontrar ar vivo, mas ainda tenho que quebrar barreiras, preconceitos e falta de amor.
Você já descobriu como fazer isso tudo de forma mais simples?
Adeus perfeição, definitivamente estou longe de ser uma santa.

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